Após se mobilizarem em Brasília pela manutenção do Simples Nacional na reforma tributária, micro e pequenas indústrias vão pressionar pelo aumento do teto de enquadramento do regime especial, dos atuais R$ 4,8 milhões para R$ 8,4 milhões. “Não basta apenas manter. Na verdade, tem de aumentar o teto do seu enquadramento”, diz o presidente do Sindicato da Micro e Pequena Indústria (Simpi), Joseph Couri. Em entrevista ao Broadcast (Sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado), ele reconhece que a dificuldade de alcançar esse valor, mas acredita que o teto suba. Segundo o executivo, “a briga vai ferver” após a aprovação da reforma, porque agora o que se discute é a estrutura jurídica e não as alíquotas.
Leia abaixo os principais trechos da entre vista ao Broadcast.
Como as micros e pequenas indústrias veem a reforma tributária?
É uma reforma boa. Em janeiro, havia um movimento muito claro para acabar com o Simples Nacional. O secretário extraordinário da Reforma Tributária, Bernard Appy publicou dois artigos no Estadão afirmando que o Simples gera subsídios. Na segunda vez, começamos a mobilização em Brasília. No começo falamos com a Fazenda e o ministro Fernando Haddad nos enviou o Appy.
E como foi a conversa com o secretário?
Tivemos uma conversa boa, e o Simples voltou ao cenário de manutenção na reforma. Mas não basta manter. É preciso aumentar o teto do enquadramento do Simples, que hoje é de R$ 4,8 milhões.
Mas aumentar para quanto?
A Frente Parlamentar do Empreendedorismo e a Frente da Micro e Pequena Empresa chegaram à conclusão de que esse teto tem de ser de R$ 8,4 milhões.
Há espaço fiscal para esse aumento ao quase dobro do que é hoje?
Não acredito que vá chegar a esse valor, mas ele vai subir.
Vocês já aumentaram a mobilização para isso?
O aumento do teto do Simples vai ser discutido depois da aprovação da reforma porque agora se discute a estrutura jurídica da reforma e não aumento de alíquotas. É depois da aprovação que a briga vai ferver.
O setor de serviços reclama que será o mais prejudicado em decorrência de um aumento dos seus impostos. Como o Simpi vê isso?
Nossa posição é contrária a qualquer aumento de imposto. É ilusão achar que um aumento de imposto dos serviços não vai ser repassado para as micro e pequenas empresas e agropecuária.
Mas o sr. vê aumento de impostos mesmo com a manutenção do Simples Nacional?
Hoje, uma empresa de fora do Simples que compra um produto de uma empresa do regime especial tem direito a recuperar um pedaço do ICMS incidente sobre operação de compra e venda. Na hora que tira o crédito, aumenta o imposto. Aí a empresa que está fora do Simples vai deixar de comprar de quem está no Simples. Estamos discutindo isso no Congresso.
Mas o que se diz, inclusive o secretário Appy, é que as empresas do Simples vão poder creditar, o que hoje não ocorre…
O Appy diz que os serviços não terão aumento de impostos porque eles poderão creditar os impostos. Só que como a reforma está colocada no Congresso vai ter aumento. A grande briga no setor de serviços vai ser para que haja compensação de créditos e débitos. Appy disse que haverá mecanismos para que não haja aumento da carga, mas não houve nenhum compromisso. Mas não vou entrar muito nisso porque não é exatamente meu ramo.
Foi dado às micro e pequenas que vendem para indústrias, comércio e consumidor final o direito de escolher em que regime tributário ficar. Que avaliação o sr. faz disso?
Elas podem escolher em que regime tributário querem atuar. Podem escolher totalmente o Simples como podem escolher ficar com um pedaço de um regime e de outro ou simplesmente mudar totalmente de regime. Essa prerrogativa é boa porque o Brasil tem hoje de 15 a 17 milhões de CNPJs entre MEIs e pequenas empresas, segundo a Receita Federal. Como alguém em sã consciência pode falar para 17 milhões de empresas qual é o melhor regime tributário para elas? Por isso acho ótimo que as empresas possam fazer seus cálculos e escolherem, elas mesmas, qual o melhor regime. Só não pode haver aumento da carga.
Fonte: www.acrítica.net
Este site usa cookies para melhorar sua experiência enquanto você navega pelo site. Destes, os cookies categorizados conforme necessário são armazenados no seu navegador, pois são essenciais para o funcionamento das funcionalidades básicas do site. Também usamos cookies de terceiros que nos ajudam a analisar e entender como você usa este site. Esses cookies serão armazenados no seu navegador apenas com o seu consentimento. Você também tem a opção de desativar esses cookies. Mas a desativação de alguns desses cookies pode afetar sua experiência de navegação.
Cookie | Duração | Descrição |
---|---|---|
cookielawinfo-checkbox-analytics | 11 months | This cookie is set by GDPR Cookie Consent plugin. The cookie is used to store the user consent for the cookies in the category "Analytics". |
cookielawinfo-checkbox-functional | 11 months | The cookie is set by GDPR cookie consent to record the user consent for the cookies in the category "Functional". |
cookielawinfo-checkbox-necessary | 11 months | This cookie is set by GDPR Cookie Consent plugin. The cookies is used to store the user consent for the cookies in the category "Necessary". |
cookielawinfo-checkbox-others | 11 months | This cookie is set by GDPR Cookie Consent plugin. The cookie is used to store the user consent for the cookies in the category "Other. |
cookielawinfo-checkbox-performance | 11 months | This cookie is set by GDPR Cookie Consent plugin. The cookie is used to store the user consent for the cookies in the category "Performance". |
viewed_cookie_policy | 11 months | The cookie is set by the GDPR Cookie Consent plugin and is used to store whether or not user has consented to the use of cookies. It does not store any personal data. |